quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

NOVO AMANHECER

Compartilho um pouco da minha vivência no ano de 2012 com meus alunos. Que possamos começar o ano, fazendo do nossos dias uma aventura, assim como eles não importando se é uma segunda-feira preguiçosa ou uma sexta-feira esperada, mas vivendo. Só temos agora para amar mais, sorrir mais, ser feliz. Que vocês sintam a intensidade e a importância da palavra DESCULPA, pois foi ela que eu trouxe mais do que nunca para esse novo ano.
"Perdoe que tiver que ser perdoado e esqueça o que não tiver perdão."


NOVO AMANHECER
Criança é um novo amanhecer
Com sorrisos sinceros
Nós adultos, devíamos ser assim.
A cada amanhecer uma nova aventura.

Dos conflitos que para nós são grãos de areias
Para eles são muros,
Que podem separar uma amizade

As lágrimas vêm, caem, 
Gotas de arrependimento, do “sem querer”
A importância da palavra desculpa cresce
Tornando-se a solução 
Para expressar uma verdadeira amizade.
A brincadeira retoma, sem magoas e ressentimentos
Nós adultos, devíamos se assim.
Não desfazer de velhas amizades
De erros considerados imperdoáveis.


Abro um sorriso tímido
E eles respondem com um enorme e grande sorriso
Uma importante parte de mim se faz professora
E a outra parte? Elas descobrem!
Espertas, ágeis, habilidosas, prestativas, carinhosas
Do mesmo modo que sei quando nada esta bem
Elas sabem quando também não estou.

Crescerei sempre com elas

Passarão muitas delas nessa profissão
Mas levarei comigo diferentes aprendizados
Cada uma com seu gesto, cor e AMANHECER!

Clarinha, Sofia, Gigi, Gui, Lolo, Mari, Laurinha...

Não são apenas nomes, são crianças que preenchem 
Uma parte especial no meu coração, 
Que dividiram comigo seus medos, angustias e alegrias
Na caminhada da minha profissão.


(Nieve Dios)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

NOVOS HORIZONTES

Pessoal,
Nosso dever foi cumprido e os objetivos do blog foi alcançado com muito sucesso. Gostaríamos de agradecer a todos que nos acompanharam, elogiaram, criticaram, enfim....nosso muito obrigado!
Agora vamos dar continuidade com novos horizontes ampliando nossos objetivos. Não deixe de nos acompanhar.

Um grande abraço.
Nieve e Helena

sábado, 10 de novembro de 2012

NOSSA ESSÊNCIA

       Somos estudantes da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), cursando o 4° semestre da graduação em Pedagogia .
       Temos como desafio a proposta de Avaliação Integrada Intermodular a criação de um Blog, onde devem ser contempladas as temáticas da grade curricular deste semestre, tendo como eixo norteador a exclusão / inclusão em nossa sociedade, na Educação de crianças, jovens e adultos. Para isto, nos baseamos em nossas aulas, bem como músicas, imagens, poesias e textos, refletindo a partir deles.


Esperamos que gostem!
Nieve Ribeiro e Helena Pais 
Design: Rodrigo Moreira Lima

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O PORQUE “O QUE PODE ESTÁ LÍNGUA?”




Para abertura do nosso blog escolhemos a frase “O que pode está língua?”. Frase do refrão da música Língua, do cantor e compositor Caetano Veloso.
Escolhemos essa frase devido a uma aula que tivemos na disciplina de Português, no semestre passado que fizemos um estudo aprofundado na música e o conjunto de expressões que ela nos traz da nossa Língua, da nação brasileira: composta por estrangeirismos, ideologia, de formação de uma sociedade manipuladora, que nos remete a lembrança das lutas de classes, contradições de criticas, de ironia. Caetano termina sua música “E deixa que digam, que pensem, que falem”, ou seja, nossa língua, a palavra em si, é cheia de VIDA.
 Temos que ser cidadãos críticos e fazer discernimento, começar a CONSTRUIR SENTIDOS, das palavras escritas, ou ditas no jornal televisivo, programas de TV, filmes, entre outros.
                O QUE PODE ESTÁ LÍNGUA? Sinta a intensidade da frase, do poder da palavra, da voz, da escrita. A Língua pode muito, basta a sociedade perceber esse olhar.






Nieve Dios


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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ESSE MUNDO NÃO VALE O MUNDO MEU BEM

             Essa frase é o título de uma música da banda O Teatro Mágico, que reflete a sociedade capitalista que vivemos (de desigualdade social), que tem como base a poesia de Carlos Drummond de Andrade. Ironicamente  Fernando Anitelli (cantor e compositor da banda) nos mostra quem é que tem a Língua “ativa”: a classe dominante, pois “É preciso ter pra ser ou não ser”.           Temos aprendido nas aulas de História com o docente Edson Fasano, que temos de ver o outro lado da história além dos atos heróicos (os "mocinhos"), que estão nos registros históricos. Pesquisar antes de levar a sala de aula quem era aqueles heróis portugueses do "descobrimento". Os negros não tinham vontades e desejos? E analisando suas histórias, não serão eles os heróis?
“Somos massas e amostras, contaminam o chão, família e tradição” até quando seremos amostras na sociedade que está alienada, amostras na Educação? Daremos continuidade para “essa tristura destemperada” que seria a sociedade.   O que pode esta língua? É poder mudar, transformar, ter uma leitura de mundo. Afinal esse “mundo não vale o mundo meu bem, grita Terra mãe que nos pariu”. Para Drummond:
“Meu bem, assim acordados, assim lúcidos, severos,
ou assim abandonados, deixando-nos à deriva levar na palma do tempo [...]
Meu bem, o mundo é fechado,se não for antes vazio.
O mundo é talvez: e é só.
Talvez nem seja talvez.”
Meu bem, usemos palavras. Façamos mundos: idéias[...] “
                                             (Cantiga de enganar – Carlos Drummond de Andrade)
             
             Como futuros pedagogos temos que compreender e buscar ensinar aos nossos futuros alunos, a leitura de mundo que está dentro de si, de expressão, de critica, de conhecimento, do poder da palavra não deixar a "razão ser como equação de matemática e tirar a prática, de sermos um pouco mais de nós". Temos que viver em uma outra frequência, porque seria mais fácil fazer como muitos fazem, pertencendo ao senso comum. Mas sabemos que não é bem assim. Paulo Freire diz: “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”. Afinal, "se fosse fácil achar o caminho das pedras, tantas pedras no caminho não seria ruim". (Outras frequencias - Engenheiros do Hawai)

Nieve Dios

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A REALIDADE





A imaginação utópica quer ainda [...] que todos sejam tratados do mesmo modo, homens, mulheres e crianças. Que ninguém passe necessidade. [...] E que exista a liberdade de expressão, e a religiosa. E que a educação seja acessível a todos.”
 Teixeira Coelho[1]
                Ao se depararem com cenas como esta,muitos se sentem chocados e pensam o quanto governo e sociedade pouco fazem para melhorar as condições de vida dos menos favorecidos. Contudo devemos lembrar que pertencemos a esta sociedade e que somos também responsáveis por esta desigualdade, até mesmo quando elegemos aqueles que governam o país.
                Como diria Teixeira Coelho na epígrafe deste artigo, a “imaginação utópica” vê um mundo onde “... ninguém passe necessidade”. Como podemos notar, não é o que ocorre e parece que estamos longe disso.
                A cidadania é ter acesso aos direitos. Os deveres vêm em decorrência do acesso aos direitos, afinal, se negam os direitos, como pode cobrar os deveres de alguém?
                Isto nos leva a pensar quais são esses direitos. Dentre eles, educação, saúde, lazer e moradia. Observando esta imagem, poderíamos concluir que estas crianças não seriam consideradas cidadãos?
                A busca pelos direitos é algo constante, porém inalcançável para os menos favorecidos, levando-os a desistirem no meio do percurso. Mas existem diversas ONGs que tentam mudar essa situação, ajudando milhões de brasileiros a conquistar a sua cidadania e dignidade enquanto ser humano dotado de direitos e deveres.
 Todos somos cidadãos. O que nos difere é o privilégio de poucos que gera esta desigualdade como, por exemplo, jogadores de futebol que, sem querer desvaloriza-los, em nosso país são muito valorizados, enquanto aqueles que estudam para passar em uma boa universidade nem sempre têm as mesmas oportunidades financeiras.
                A globalização nos garante o acesso a informação, mas não aos direitos. Temos como exemplo os teatros e grandes espetáculos divulgados na mídia, onde a população de baixa renda não tem acesso aos mesmos. Contudo, temos algumas iniciativas do teatro “gratuito” (pago com nossos impostos), mas estes não são tão divulgados.
“A vida ingrata de quem acha que é notícia,
De quem acha que é momento,
Na tua tela,
Quer ensinar fazer comida uma nação
Que não tem ovo na panela[...]”

O Teatro Mágico – Xanéu Nº 5

Ainda temos a grande ideia da aldeia planetária, onde tudo vai bem para todos. No entanto, nunca poderemos ter está certeza, pois há grandes desafios a serem vencidos para mostrar ao um mundo um mundo diferente (Milton Santos).

Helena Pais e Nieve Dios




[1] COELHO, Teixeira. O que é utopia?, São Paulo, Abril Cultural; Editora Brasiliense; Coleção Primeiros Passos, 1985, pág. 19.



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

NÃO HABITA SE HABITUA...

Observe o cenário, a letra e como o personagem é tratado pela "sociedade".... 
O que a música reflete? É A REALIDADE que foi colocada anteriormente?


                                                                     A MARGEM DE TODA CANDURA....
                                                                                                          



No princípio era o Verbo. O verbo Ser. Conjugava-se apenas no infinito. Ser, e nada mais.
Intransitivo absoluto.
Isto foi no principio. Depois transigiu, e muito. 

Em vários modos, tempos e pessoas. 
Ah, nem queiras saber o que são as pessoas: eu, tu, ele, nós,
vós, eles...
Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.
Sonhar é acordar-se para dentro.

(Mário Quintana - A GRANDE CATÁSTROFE)



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Referencia Bibliográfica: http://sonhodeumaflauta.blogspot.com.br/2011/02/quintaneirando.html

Nieve Dios